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O Selo de Precificação e seu papel no mercado de arte

  • Foto do escritor: Marisa Melo
    Marisa Melo
  • 29 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de ago.


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A construção de uma carreira artística sólida não depende apenas de talento ou de reconhecimento estético. O mercado de arte exige organização, parâmetros claros e referências que garantam segurança tanto para o artista quanto para colecionadores, galerias e instituições. Nesse contexto, o Selo de Precificação torna-se um marco fundamental: ele é um atestado de valor, servindo como guia confiável para posicionar obras dentro de uma lógica consistente e profissional.



A importância do selo


Definir o preço de uma obra de arte é um dos pontos mais delicados da trajetória de um artista. Sem critérios bem estabelecidos, valores podem oscilar de maneira aleatória, prejudicando a credibilidade do trabalho e dificultando negociações. O Selo de Precificação surge como resposta a essa lacuna: ele estabelece um padrão transparente, construído a partir da análise criteriosa do percurso do artista, sua formação, suas exposições, conquistas e consistência de produção.

Ao obter o selo, o artista tem sua obra reconhecida dentro de um patamar legítimo, que dialoga com sua história e com o mercado. Para galerias e feiras, o selo funciona como garantia de que aquele valor não é arbitrário, mas fundamentado em critérios profissionais. Para colecionadores, é um sinal de confiança. Para o próprio artista, é um marco de maturidade e valorização.



Como funciona a emissão do Selo de Precificação


O processo de emissão é conduzido por mim, Marisa Melo, curadora responsável pela Up Time Art Gallery. A avaliação não se limita ao aspecto estético das obras, mas considera todo o histórico do artista. São analisados:


  • Formação acadêmica e certificados, sejam específicos em artes visuais ou complementares;

  • Exposições realizadas, individuais e coletivas, no Brasil e no exterior;

  • Curriculum atualizado, que evidencia consistência e desenvolvimento da trajetória;

  • Inserção no circuito profissional, como prêmios, participações em catálogos, publicações, coleções particulares ou institucionais;

  • Linguagem artística, avaliada em sua coerência, continuidade e evolução.


A partir desse conjunto de informações, é definida a faixa de precificação que corresponde ao momento de carreira do artista. O selo, portanto, não apenas valida o valor de mercado de suas obras, mas serve também como ferramenta estratégica para sua projeção futura.



O impacto no mercado


Em um setor muitas vezes marcado pela subjetividade, o Selo de Precificação se destaca por trazer clareza e segurança. Galerias utilizam o selo como parâmetro para definir tabelas de preços, feiras de arte o reconhecem como referência de qualidade, e colecionadores têm nele uma base confiável para aquisição. Ao garantir que os valores estão alinhados ao percurso do artista, o selo profissionaliza o mercado e fortalece a relação entre criação e investimento.

Além disso, o selo contribui para a sustentabilidade da carreira do artista. Quando há coerência entre produção, trajetória e valor, cria-se uma relação saudável com o mercado, evitando tanto a desvalorização quanto a inflação de preços desconectados da realidade.



O exemplo de Julia Dalcastagné


Um dos casos mais recentes que exemplificam a importância do selo é o da artista Julia Dalcastagné. Reconhecida por seu trabalho consistente e por sua pesquisa autoral, Julia conquistou recentemente seu Selo de Precificação, com uma avaliação considerada excelente. Esse resultado não surge por acaso: é fruto de dedicação, disciplina e de um percurso sólido que vem sendo construído ao longo de sua trajetória.


Receber uma precificação alta significa que o mercado reconhece não apenas a qualidade de suas obras, mas também a força de sua trajetória e a relevância de sua inserção no circuito. No caso de Julia, esse selo amplia ainda mais sua visibilidade e fortalece a confiança de colecionadores e galerias em sua produção.





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O Selo de Precificação é mais do que uma chancela: é um instrumento de profissionalização que organiza, valoriza e dá legitimidade ao percurso de artistas em diferentes momentos da carreira. Ele oferece ao mercado parâmetros claros e confiáveis, e ao artista, a possibilidade de ver seu trabalho reconhecido de forma justa e estratégica.


O caso de Julia Dalcastagné mostra de maneira concreta como o selo pode impactar positivamente uma trajetória, reforçando a credibilidade e ampliando horizontes no circuito profissional. Em um mercado que demanda cada vez mais seriedade e transparência, o selo se afirma como um passo essencial para quem deseja consolidar e expandir sua carreira artística.



Atualmente, Julia está em cartaz com a exposição Poison Eye: Fragmentos de um Universo Pessoal, com curadoria de Marisa Melo e realização da Up Time Art Gallery, em exibição até 15 de setembro de 2025. Essa mostra evidencia justamente a maturidade de sua pesquisa e o lugar que ela vem ocupando na cena contemporânea. O selo, nesse contexto, não apenas legitima sua precificação, mas também se conecta diretamente com sua projeção no mercado.





Exposição: Poison Eye: Fragmentos de um Universo Pessoal - Julia Dalcastagné



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Marisa Melo

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