top of page

Quando o amor nos rasga e revela

Imagem em atmosfera pictórica e suave mostra uma mulher de costas, envolta por um tecido translúcido em tons quentes e esverdeados. Ao fundo, surge de forma esfumada a figura de uma escultura masculina clássica. Sobre a cena, lê-se a frase “Antes de ser nome, fui mulher”.
Antes de ser nome, fui mulher — 2021, p. 47_MM

Amar dói num lugar que não tem nome,

dói num canto do peito

que nem sabíamos que existia.


Mas a dor do amor

não nos quebra,

ela nos alarga.


De repente, tudo é mais nítido:

o outro,

o mundo,

a fome,

o tempo que escapa.


A gente olha diferente,

fala mais baixo,

escuta mais fundo.

É como se a dor ensinasse

uma nova humildade.


Mas também é um espelho

que devolve a nossa grandeza:

porque quem ama de verdade

carrega não só a sua ferida,

mas reconhece a dos outros

sem precisar que expliquem.


Amar nos faz humanos

até os ossos.

E às vezes,

é isso que salva.



"Escrevo para não desaparecer. Se algo em mim tocou algo em você, então já não estamos tão sós. " MM

Comentários


Não é mais possível comentar esta publicação. Contate o proprietário do site para mais informações.

Assine nossa newsletter

Email enviado!

© 2016 por Marisa Melo

© Copyright
bottom of page