A partir de Aristóteles, este ensaio reflete sobre a arte como gesto ético e o olhar como forma de pensamento. A mímesis e a catarse aristotélica ganham novo sentido na arte contemporânea, onde ver é também agir. A forma deixa de ser moldura e torna-se consciência — o lugar em que o sensível encontra o pensamento.

Na obra Universos, Lenny Hipólito une arte, filosofia e geografia do olhar. Cada ponto é partícula de consciência e cor, formando um mapa simbólico da existência. A artista transforma o pontilhismo em reflexão sobre o tempo e o humano. Exposta em Atlas da Consciência sob curadoria de Marisa Melo na Casa Palma, a pintura propõe o olhar como experiência filosófica.