
A vida das pessoas e dos países é um acúmulo de experiências. Com o tempo, passamos todos por um aprendizado. Aprendemos com os erros e com as crises. E embora pareça natural a retenção do aprendizado, o que vemos, muitas vezes é a repetição dos enganos. Esquecemos o que vivemos. Esquecemos nossa história, o que nos condena à repetição dos mesmos padrões e dos mesmos erros.
Com a coleção “Sobre (viver)” a artista visual Jessica Diskin apresenta imagens icônicas e históricas. O que se promove é o resgate da memória, do passado, que é apresentado não como algo desconectado do presente. Ao contrário, a lembrança é “passada a limpo”, e a intervenção da artista deixa clara a ruptura cronológica e a caracterização ousada do que mudou e de como deve ficar a realidade futura.
Jessica Diskin segue fiel a seu estilo. Como crônicas, suas imagens trazem uma multiplicidade de mensagens que desafiam o observador. Como Bosch e Dalí, ela nos apresenta inúmeros detalhes, que nos levam a um demorado mergulho em cada obra. Cada colagem, cada frase, tem sua razão de ser e nos leva à compreensão do todo. No caso, as sugestões nos apontam mais do que um caminho de vida. Recebemos na verdade um guia de sobrevivência, que destaca pontos cruciais e lições que precisamos assimilar e aprender
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