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Foto do escritorMarisa Melo

"Os Matizes do Amor e Sua Ressonância na Arte"

Atualizado: 18 de out. de 2023




O dilema entre a falta e o excesso de amor perpetua-se como um abismo emocional, onde o vazio interior equivale ao abismo transbordante daqueles que amam de forma desmedida. No cerne dessa questão complexa, reside a busca de um equilíbrio, uma moderação na maneira como controlamos as emoções que afloram em nossos corações.


Diante do poder avassalador da paixão, podemos ser compelidos a adotar uma postura de contenção, fazendo-nos questionar se a prática da "economia emocional", ao se resguardar de sentimentos extremados, é uma escolha sensata. A reflexão surge naturalmente: O que restaria da arte e, até mesmo, do amor sem a presença desses indivíduos que ousam transbordar?


É preciso contemplar que artistas notáveis, como Pablo Neruda e William Shakespeare, são emblemáticos justamente por sua capacidade de expressar as paixões humanas em todo o seu esplendor e complexidade. Obras literárias e poéticas que ecoam o ardor do amor e a intensidade das emoções. São manifestações artísticas que se nutrem da profundidade das sensações humanas, muitas vezes alcançando limites extremos.


Aqui, surge a questão: será que vale a pena, afinal, a autorregulação total de nossos sentimentos, a prática da "economia emocional" que impede o transbordamento? Ou será que é justamente a expressão sem restrições de nossas paixões que nos permite explorar as nuances mais ricas e vibrantes da experiência humana?


A resposta a essa indagação permanece subjetiva, uma ponderação pessoal de como equilibrar a racionalidade e a emoção, o autocontrole e a entrega às vivências apaixonadas. O amor e a arte, por sua vez, continuam a ser campos férteis onde essas questões complexas e suas ressonâncias encontram espaço para se desenvolver e se expressar. Portanto, a resposta, caro leitor, está, talvez, em suas próprias reflexões e vivências.


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