Mostra-Show
DANI
XAVIER
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Uma interpretação poética da natureza, oferecendo uma nova perspectiva sobre como podemos sentir e perceber o mundo ao nosso redor, ao mesmo tempo em que nos lembra da beleza e da impermanência da vida.
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ESSÊNCIA POÉTICA:
Um olhar impressionista sobre a natureza
A natureza, desde os primórdios da humanidade, tem sido um enigma e uma fonte inesgotável de inspiração. Para o artista, ela não é apenas uma paisagem, mas um organismo pulsante, uma entidade sagrada que se revela a cada instante. É nessa comunhão silenciosa entre o ser e o mundo que emerge a essência poética, um espaço onde a contemplação se transforma em uma dança de cores, luzes e sombras, capazes de capturar a força primordial do que está à nossa volta.
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Curatorial
Marisa Melo
Realização: Up Time Art Gallery
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A mostra-show - Essência Poética: Um Olhar Impressionista sobre a Natureza traz à tona a relação íntima entre arte e natureza, onde as cores e formas desabrocham com a intensidade da emoção que a artista Dani Xavier compartilha com seu público. Com suas obras de estilo abstrato figurativo, ela revela um impressionismo, vibrante e generoso em cores, que não apenas representa a natureza, mas a celebra em sua forma mais plena e expansiva.
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As 32 obras são uma verdadeira explosão de cor e luminosidade, que remetem à beleza cíclica da natureza. Como uma poetisa das cores, Dani capta o momento fugaz da transformação — uma flor que desabrocha, o movimento sutil do vento sobre as folhas, ou o jogo de luz e sombra que desenha paisagens efêmeras em nossa percepção. Seu olhar sensível e suas pinceladas intensas e curtas, fazem cada obra pulsar como uma extensão da natureza em sua totalidade, convidando o observador a uma jornada emocional.
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Dani Xavier não busca retratar a natureza de forma literal. Ao contrário, ela a interpreta e a amplifica, oferecendo ao visitante a possibilidade de experimentar a essência poética do mundo natural. Cada quadro é como um haicai visual, uma expressão condensada e poderosa das emoções que a natureza desperta em nós. Sua paleta exuberante, que mistura tons vivos e profundos, compõe cenas onde os limites entre a figura e a abstração se tornam fluídos, desafiando o espectador a buscar a beleza que surge nas camadas de cor e luz.
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Em sua abordagem, Dani, revela o desejo de capturar o instante, e ir além do visível e o concreto, sugerindo que a verdadeira natureza é uma construção de percepções que nos conectam ao mundo de forma intuitiva e pessoal. Dani Xavier constrói, com esse conjunto de obras uma sinfonia visual que evoca a delicadeza da paisagem natural.
NARRATIVA POÉTICA
O olhar impressionista, ao debruçar-se sobre a natureza, não busca o rigor acadêmico de uma descrição detalhada, mas a captura de uma impressão fugaz, como o vento que percorre as folhas ao entardecer, ou o brilho do orvalho iluminado pelo primeiro raio de sol. A busca é, portanto, pela alma da natureza, onde o artista é levado a interpretar o instante, não a partir da lógica, mas de uma sensibilidade aguçada além do material.
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Há algo profundamente poético na pintura impressionista: suas pinceladas rápidas e carregadas de emoção traduzem, não um cenário específico, mas a impressão que ele suscita na alma de quem o observa. A natureza é recriada, mas não com os contornos rígidos da representação clássica; ela é apresentada em sua fragilidade e beleza passageira, onde cada cor e textura refletem as nuances do estado de espírito do artista. Cada obra torna-se, assim, um poema visual, em que as tintas tomam o lugar das palavras e os pigmentos assumem o papel das rimas, compondo versos silenciosos que ecoam na retina do observador.
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A essência poética na abordagem da natureza nos remete também a uma reflexão sobre o tempo. Ao capturar o instante presente, nos faz perceber a efemeridade do mundo natural e nos convida a uma postura contemplativa. O mundo, em sua essência, é dinâmico e passageiro, e o artista torna-se um cronista do invisível, narrando, por meio de manchas de cor e luz, o que há de mais puro e imaterial na existência.
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Em um tempo marcado pela aceleração e pela falta de contemplação, a arte impressionista torna-se um convite a uma nova forma de ver. Sua essência ressoa como um chamado para que nos reconectemos com a natureza e com nossos próprios sentidos, para que possamos, por um breve instante, ser parte do universo que pulsa em sincronia com a vida.
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Essa essência é acima de tudo, uma filosofia de vida. É a maneira pela qual o artista compreende o mundo, um mundo onde o sol, as árvores e as montanhas são entidades repletas de alma e história. O olhar sobre a beleza da natureza, ao desvendar o universo com simplicidade, nos devolve a capacidade de ver com olhos puros, de sentir com o coração, e de compreender que, por trás de cada detalhe, há uma beleza sublime que, se não capturada agora, poderá jamais ser vista novamente.
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Assim, a mostra, segue e nos conta que o ato de observar o mundo com a leveza do instante é, por si só, um ato de reverência. Cada pincelada é um gesto de amor pela vida que, ao fluir no ritmo da natureza, torna-se arte, poesia e celebração da beleza efêmera que nos cerca.