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O Valor da Imaginação na Infância: Reflexões sobre "Brincadeiras no Céu"

Atualizado: 16 de mai.



Em um mundo cada vez mais digital, onde a infância é moldada por telas e estímulos prontos, até que ponto a imaginação encontra espaço para florescer?

Será que a magia da infância resistirá a inúmeras interferências tecnológicas? Será que ainda há espaço para brincadeiras espontâneas, para a invenção de histórias e para o inesperado?

Com sua pintura "Brincadeiras no Céu", Mônica Ruggiero provoca uma reflexão sobre essas questões e a valorizar o papel da imaginação nas crianças de hoje.



Mônica Ruggiero - "Brincadeiras no Céu"óleo sobre tela 60x80 cm - 2025
Mônica Ruggiero - "Brincadeiras no Céu"óleo sobre tela 60x80 cm - 2025


Há algo de profundamente comovente na forma como Mônica Ruggiero nos conduz, através de sua pintura, para um tempo que parece cada vez mais distante. "Brincadeiras no Céu" não é apenas uma cena de infância; é um respiro nostálgico em meio à atualização do mundo moderno.


A pintura com técnica óleo sobre tela, 60x80 cm,  nos joga em uma rua de terra do interior paulista, onde a poeira levanta sob pés inquietos e o sol desenha sombras alongadas no chão avermelhado. Tudo ali remete a uma época em que as brincadeiras aconteciam sem roteiros prontos, sem a mediação de telas e algoritmos. O tempo não era cronometrado, as regras nasciam na hora, e a criatividade era a única tecnologia disponível.


No centro da composição, a cena ganha vida: crianças em plena efervescência lúdica, uma menina de vestido claro soprando bolhas de sabão que se dissolvem no ar com a mesma delicadeza com que surgiu. Mas o instante cotidiano logo se transforma em algo extraordinário. As bolinhas de gude, até então, desafiam a lógica: crescem, flutuam, se elevam ao céu. Em um jogo poético entre peso e leveza, a materialidade se dissolve, e o real cede espaço ao fantástico.


A explosão de cores: âmbar, azul-cobalto, verde-esmeralda, reforça a magia da cena. As bolinhas de gude e as bolhas de sabão coexistem em um balé de contrastes: o que é frágil e transitório dialoga com o que tem peso e permanência. Há um quê de sonho, mas também um questionamento sutil: essa liberdade de brincar, de imaginar sem limites, ainda é possível?


Mônica, nos provoca sem precisar de discursos óbvios. A pintura não se contenta em ser um retrato bucólico do passado, mas levanta um espelho para o presente. Se antes as crianças inventavam seus próprios mundos, hoje mundo esses chegam prontos, embalados em estímulos rápidos, formatados por telas que sugerem como brincar, como sentir, o que imaginar. Em um tempo onde a atenção se esvai tão rápido quanto uma notificação, qual o espaço para a fantasia espontânea?


A Pintura é um chamado à reflexão. A infância, em sua essência, continua ali, esperando um sopro de liberdade. Cabe a nós decidir se ainda há espaço para que ela voe.

 

 
 

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