Luana Paranhos: as Máscaras da Alma na Arte Contemporânea
- Marisa Melo

- 30 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de jun.

Em um contexto onde a arte contemporânea exige percepção e coragem, algumas vozes surgem ainda em fase de formação, mas já demonstram um pensamento visual. Luana Paranhos, com apenas 13 anos, é uma dessas jovens artistas que revelam um olhar atual e direto sobre o mundo. Sua produção, em pleno desenvolvimento, aponta para uma identidade visual marcada por cores intensas e escolhas temáticas que tratam de representação e identidade.
A artista combina elementos da pop art com influências do figurativo, especialmente ao explorar a estética afro. Suas obras não seguem fórmulas, mas revelam intenções claras. A linguagem está em formação, mas já propõe um posicionamento sobre questões humanas e sociais.
Na obra As Três Faces de uma Pessoa (60 x 90 cm, técnica mista), Luana explora as diferentes identidades que uma mesma pessoa pode apresentar. Três rostos femininos, criados com acrílica e óleo sobre tela, representam os papéis sociais que se alternam para lidar com as demandas externas. A pintura questiona quem somos de fato e o que deixamos escondido no dia a dia.
Em Olhar a Si (80 x 80 cm, óleo sobre tela com relevo ao fundo), o foco se desloca para o autoconhecimento. A personagem retratada passa por uma mudança. No início, busca ser vista pelo outro. Mas, com o tempo, percebe que o reconhecimento mais importante é o próprio. A obra apresenta essa mudança de postura como um movimento claro, objetivo e interno.
As duas obras fazem parte da exposição História de Todas Nós, Mulheres e mostram uma artista jovem que se posiciona de forma firme em temas relevantes. Representação, identidade, imagem pessoal e reconhecimento estão no centro de sua pesquisa.
Luana Paranhos segue construindo sua linguagem com abertura para experimentação. Sua participação na mostra indica um caminho que começa com autonomia e clareza de intenção. O que ela propõe é atual, e alinhado com a produção visual que ganha força no presente.



