Preço e Valor
Atualizado: 27 de Jul de 2020
É impressionante o poder que damos ao dinheiro. Permitimos que ele comande nossas vidas, oriente nossas decisões e nos leve diariamente para o trabalho, que muitas vezes, está longe de trazer realização.

O consumismo e a valorização exagerada do dinheiro fazem com que se confundam termos fundamentais como “preço” e “valor”.
Para essa sociedade, o que mede o nosso valor é o que temos, não o que somos.
É claro que a Arte não consegue escapar dessa realidade. Quadros se transformam em investimento. E são, muitas vezes, adquiridos por quem vê neles simplesmente um símbolo de status ou a possibilidade de ganhar mais...dinheiro.
Exemplo? A obra “Os Jogadores de Cartas” de Cézanne foi comprada por 259 milhões de dólares pela família real do Qatar.
A pirataria tecnológica também contribui, permitindo que quadros, imagens e canções sejam copiados indiscriminadamente, reduzindo a centavos a inspiração e a criatividade dos novos Beethovens e dos novos Dalis.
Ao oferecer nossas obras, canso de ouvir a frase “Tá muito caro, tem outro(a) artista que faz bem mais barato...”.
Quem diz isso entende de arte?
Não é de hoje que as massas simplesmente não percebem o valor de uma obra de arte quando veem uma. Ela está ali, exposta ao público. Disponível. Mas ninguém reconhece o ouro na mina. Depois de muito tempo, quando “formadores de opinião” se dobram ao óbvio, atribuem valor ao trabalho.
Foi assim com Gauguin, com van Gogh, com Johannes Vermeer e tantos outros.
A verdadeira valorização tem de partir de você mesmo.
Então, trabalhe sua autoestima. Não se dobre! Afinal, sua turma tem pesos pesados como Van Gogh e Gauguin.
É ou não é uma turma de respeito?
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