
Atribuir um preço a uma obra de arte ainda é tabu para muitos apreciadores e até para muitos artistas. Qual o preço de um sorriso? Quanto vale uma emoção? Mas na vida real tudo tem um preço, tudo acaba mudando de mãos como se fosse realmente apenas mais uma mercadoria.
Mas por quê algumas obras são tão mais caras que outras? Há uma série de fatores a se observar quando avaliamos uma obra de arte. Estamos falando de mercado de arte e valor monetário. Valor emocional e cultural não entram nessa conta.
Existe uma fluidez no mercado de arte. Em um determinado período, a procura maior será por obras de artistas asiáticos. Em seguida, ensaia-se uma volta a algum movimento artístico como o Cubismo. Fases, períodos se sucedem e influenciam o preço de todos os trabalhos artísticos.
É verdade que para o Artista, a obra está impregnada de sentido e emoção. Mas também é fato que seu sustento virá da capacidade de promover e de não se prender a uma obra, por maior que seja seu apelo pessoal e sentimental. O artista cria um filho para o mundo. O apreciador de arte o adota e abraça. Ambos são movidos pelo sentimento. Mas nenhum deles consegue anular o fato de que toda comercialização segue influências e momentos globais que afetam as percepções de valor e trazem ao comprador o desafio de encontrar não só uma obra que lhe agrade, mas também aquela produzida por um autor ainda desconhecido, que será famoso em pouco tempo.
Não são ações da Bolsa. Trata-se de Arte. Mas no mundo em que vivemos tudo ganha um rótulo e um preço. E cabe a quem cria e a quem compra, se deixar levar pela inspiração. E pagar o necessário por aquilo que emocione, mais do que por aquilo que estiver “em alta”. O quadro pode até ter um preço. A emoção e o sentimento não.
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