Quem já compôs uma canção ou pintou um quadro sabe a pressão interna, o quase desespero para entregar a mensagem, num parto artístico que pode mover consciências ao retratar Guernica ou “falar de flores”.
Para o artista, os verbos “viver” e “criar” se confundem. E para quem vê Picasso e ouve Vandré, o apelo social fala direto à alma do observador, que ganha consciência de sua individualidade, sua humanidade, e sua relação com os outros. É o poder de, através de cores, textos ou melodias, expor os problemas da sociedade e motivar a mudança individual, que se expande ao coletivo.
Desenvolvimento humano e crescimento pessoal. Que se manifesta no âmago da individualidade. Quando vemos nossos sentimentos mais profundos escancarados numa tela em uma exposição ou tocados impunemente em público, em uma canção no Spotify.
A um tempo popular e erudita, a Arte nos fascina. Ao se inspirar em nossos sentimentos e nossas vidas, ela nos transforma de protagonistas em plateia. Onde nos deliciamos ao ver que estamos retratados no palco, na tela, na partitura. E os papéis de emissor e receptor se invertem, subvertendo conceitos e contrariando análises superficiais.
A Arte engloba aquilo tudo o que enviamos nas “naves” para servir de comunicação com outras civilizações interplanetárias, tudo que nos define e representa. Cartão de visitas ou epitáfio, ali estão os elementos e a essência da Arte: nossas imagens e nossa música. Nossos pensamentos e nossas emoções.
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