A Arte fala de nossa visão da vida e do mundo. Incorpora a ira muda e o inconformismo em relação aos desmandos contra a Natureza e contra o próprio ser humano. Essa aquarela catártica passa pelas freudianas gavetas vazias de Dalí. Pela agressividade dos traços de Franz Kline. E nos vemos representados pelo Grito de Munch.
A materialidade mutante, do Grafitti à Arte Digital, não tira do trabalho artístico seu papel como instrumento de expressão. Se imagens e ideias representam um contexto sociocultural, o Zeitgeist, virtudes ou agonias, a obra prescinde do aplauso. A Arte não precisa agradar. E tem valor porque nos desafia, nos chama à discussão e a refletir e questionar nossos pontos de vista preestabelecidos. Provocando debate, despertando consciências, expondo sentimentos, a Arte nos concilia com nossa vida e com o mundo em que vivemos. O que bastaria para encerrar qualquer tentativa de se questionar sua importância e razão de ser.
Muitos dedicam toda uma vida pelas causas que abraçam. E isso os faz notáveis. Artistas sentem claramente que criar é preciso, é sua razão de ser e viver. E vivem e morrem mil vezes, a cada emoção, a cada quadro, a cada dia. George Mallory dedicou sua vida à escalada do Everest.
A Arte é o Everest do artista!
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